sexta-feira, janeiro 16, 2009

Entrevista com o ex-ator Masaru Yamashita

Em comemoração ao lançamento das figuras ACTION WORKS Tokkei Winspector (Agosto/2008), pela MegaHouse, saiu uma bela entrevista com o ex-ator Masaru Yamashita, intérprete do Ryôma Kagawa (Fire), publicada na edição de agosto da revista Dengeki HOBBY (Ed. Ascii Media Works). Yamashita relembra histórias interessantes das filmagens, conta o que está fazendo atualmente e é claro, dá a sua opinião sobre as Action Works. Apreciem a entrevista exclusiva!

DH: Tokkei Winspector surgiu na TV em 4 de Fevereiro de 1990. Cerca de 18 anos depois, são lançadas as figuras de ação do Fire, Bikel e Walter, da coleção ACTION WORKS Tokkei Winspector. Qual a impressão delas, vendo-as na sua mão?
Yamashita: Fiquei espantado! Tem um acabamento maravilhoso... Dá pra perceber que se preocuparam até nos detalhes, tanto na proporção como na coloração, e vem até com a Tokkei Techô (Caderneta Especial) e a Hand Wapper (Algemas). Na época da exibição, alguns brinquedos como bonecos de vinil, o Tokkei Techô e uma miniatura do Winsquad haviam sido lançados pela Bandai, sendo que eu mesmo cheguei a comprar vários deles em lojas de brinquedos, mas como eles tinham como alvo às crianças, nenhum desses brinquedos tinha um acabamento que fazia lembrar a forma da vestimenta utilizada nas filmagens.
DH: Como este produto é aconselhável para maiores de 15 anos, pode-se dizer que é um produto com conteúdo de alta qualidade, um “presente” para as pessoas que cresceram vendo Winspector quando criança.
Yamashita: É impressionante poder alinhar de uma só vez o Fire, o Bikel e o Walter. Até eu fiquei com vontade de tê-los (Risos).
DH: Graças a exibição pelo Toei Channel (CS) e pela distribuição via internet, através do Toei Tokusatsu BB (Broad-Band), novos fãs estão surgindo!
Yamashita: Graças à Deus... Eu sempre tinha em mente que nesses programas de “heróis tokusatsu”, as crianças iam atrás dos personagens mais novos, que algum dia acabariam sendo esquecidos, a cada vez que surgisse um programa mais novo anualmente, mas só de saber que ainda existem pessoas que se lembram, isso me deixa muito feliz.
DH: A oportunidade de participar de Tokkei Winspector veio certamente de um audition, não é?
Yamashita: Sim. Até então, eu fazia ação como dublê, chegando a aparecer fantasiado em shows do Kamen Rider BLACK RX... (Risos). A chance veio nessa época, quando o meu empresário disse o seguinte, “Consegui um audition para TV, você não quer tentar?” Ao saber que era uma seleção para papel secundário, pensei que tinha como dar um jeito, mesmo eu que não tinha experiência em interpretação, então resolvi ir prestar o audition, mas me embaralhei todo com as falas e acabou saindo uma bagunça... (Risos). Como tinha sido nessas condições, não pensava que poderia ser aprovado, mas dias depois, fiquei espantado ao ouvir do meu empresário, que tinha sido aprovado!
DH: Mas naquele momento, você mesmo ainda não sabia que tinha sido escolhido para o papel principal...? (Risos)
Yamashita: É verdade. Dias depois, eu tive um encontro com o produtor da Toei, Nagafumi Hori, e a partir daí eu soube pela primeira vez que era para o papel principal. “Eh, não era para papel secundário!?”, indaguei, lembro de ter dado um branco em minha cabeça. Desde então virou uma correria, cada dia era uma batalha. Por ter sido escolhido como papel principal, decidi no fundo do coração que o jeito era fazer dando o melhor de mim! Apesar de ser igualmente um novato como ator, tinha o sentimento de “querer ser reconhecido por mim mesmo como ator!”
DH: O personagem “Ryôma Kagawa” foi batizado assim pelo fato do produtor Hori ser natural da província de Kagawa, e no estabelecimento da série, você era um investigador de polícia de apenas 23 anos. Ryôma era uma pessoa muito inteligente, que dominava o estudo das línguas (falava 5 línguas), como ex-atleta fortalecido das olímpiadas, e também entendia de ciência de alta tecnologia. E o que você diz a respeito da construção desse personagem, que podemos chamar de o “Homem Perfeito”?
Yamashita: No início, pensei que o jeito era seguir o que estava estabelecido. Pra mim, que não tinha experiência em interpretação, mesmo pensando muito, achei que não conseguiria construir o papel. Não tinha tempo pra ficar pensando nisso. Por isso, como o Ryôma é um “aliado da justiça”, interpretei com afinco, tentando transmitir às crianças que assistiam, uma imagem de “estar fazendo com muita dedicação!”.
DH: Falando a respeito da vestimenta do Ryôma na série, na primeira sessão de fotos realizada antes de começarem as filmagens, você foi apresentado de terno, dando a real impressão de um “drama policial”, certo?
Yamashita: Isso foi no primeiro ajuste de figurino. Como o protagonista de Kidô Keiji Jiban era um policial de terno, pode ser que eu tenha herdado essa imagem...
DH: Uma pena não ter aparecido assim na série, mas essas fotos de terno foram publicadas em algumas revistas infantis e em cartazes colados na emissora, antes do programa ter estreado.
Yamashita: Como essa versão de terno não combinava muito comigo, eu e o encarregado do vestuário fomos juntos até Harajuku para comprar uma nova vestimenta, e o resultado foi essa jaqueta preta de couro que eu passei a vestir.
DH: Então, decidida a vestimenta oficial, teve início as filmagens do primeiro episódio, “Akachan Bôsô!”, mas como estava o seu estado de espírito no início das filmagens?
Yamashita: Não me lembro bem disso... (Risos). Como era tudo a primeira vez, dei o máximo de mim! E como eu fazia na maior concentração, não tinha tempo pra ficar prestando atenção em detalhes... Uma impressão do primeiro episódio, hum, talvez o fato de sempre deixar o diretor Akihira Tôjô irritado... (Risos).
DH: O Ryôma vestia a armadura especial “Clustector”, no momento de prender os bandidos. “Fire” era o nome de código do Ryôma nessa forma, e o que você tem a dizer sobre o design do Fire?
Yamashita: Quando vi pela primeira vez o traje para filmagem, pensei, “Que bonito!”. Uma coisa que despertava a minha curiosidade, era o porquê de ter aquela antena na cabeça (Sigint Seeker)... (Risos).
DH: Após prender o criminoso, aquela cena em que o Ryôma tira o capacete do Fire deu no que falar. Parece que isso foi uma idéia do diretor de ação Junji Yamaoka (na época, do Japan Action Club), e na condição de expressar um herói que executa o trabalho cheio de suor, acho que ficou algo bem apropriado. Isso porque exerceu forte influência nas produçãoes posteriores também...
Yamashita: Pensei muito em como me expressar no momento de soltar o suor, após tirar o capacete..., mas como não me veio nenhuma idéia, na hora da gravação, deixei fluir naturalmente. Mas depois eu lembrei, que eu mesmo tinha uma mania antiga de fazer isso, após lavar a cabeça na banheira. Por isso, acho que esse movimento ficou natural.
DH: A fala “Chakka!”, emitida no momento de vestir o Clustector, também era impressionante.
Yamashita: Aquilo foi surpreendentemente fácil. Eu pensava que o Fire também teria uma pose de transformação, como em outros heróis tokusatsu, mas depois de saber que era uma pose de só apertar o botão, sentado dentro Super Carro Patrulha, no início das filmagens fiquei preocupado, “será que as crianças que estão assistindo vão achar isso legal...?” (Risos).
DH: Para esse Super Carro Patrulha, o Winsquad, foram utilizados 2 carros modificados, tendo como base o carro estrangeiro Camaro Z28 (Modelo 1982). O que achou de dirigí-lo?
Yamashita: O Patrol Squad de cor branca, pra dizer a verdade, já o bati por duas vezes. Só de pisar o acelerador de forma convencional, já solta um “poder” extraordinário. Acho que dá pra perceber isso na série, quando eu largo girando as rodas no asfalto sem sair do lugar (Wheel Spin)... Deve ser bem complicado dirigí-lo no dia-a-dia... (Risos). O Fire Squad de cor vermelha, que o Fire dirige após se transformar, era muito bonito, podemos dizer que tinha uma autêncica imagem de “carro de herói tokusatsu”. Por ter reproduzido com perfeição o processo de transformação do carro, acho que ficou fácil para as crianças entenderem...
DH: Dos 49 episódios de Tokkei Winspector, qual foi o que mais te deixou impressionado?
Yamashita: Em termos de interpretação, o que eu mais sofri, foi o episódio 15 [Ryôma! Masaki o Ute (Ryôma, Atire em Masaki!)], no qual o Ryôma perde a memória. Se fosse para fazer uma cara de sofrimento de quando se está ferido, dá pra se basear em experiências passadas, mas como eu nunca fiquei com amnésia, me encarei no espelho e fiquei fazendo caretas pra ver se saía alguma coisa. Pra mim, é mais fácil fazer cenas de explosão ou cenas de sair rolando, e este foi um dos episódios que ficou marcado pela complexidade de interpretação.
DH: O episódio 13 [Ryôma ga Shinda...? (Ryôma Morreu...?)] também foi chocante. Tem a aparição de um grande inimigo, o Shinigami Moss, e a queda do Ryôma de um penhasco, junto com o destruído Super Carro Patrulha! Com certeza muitos telespectadores devem ter ficado preocupado, em “se o Ryôma tinha morrido mesmo...?”.
Yamashita: A ação da tomada na qual eu caio daquele penhasco, foi a única cena dentre os 49 episódios que eu tive que trocar com o dublê. Eu mesmo reivindiquei que gostaria de fazer, mas se por eventualidade acontecesse algum acidente, não teria volta, e por isso, não me deixaram fazer. Quando li o script, pensei “Vou fazer com todo esforço!”. Como pra mim, a ação é o “núcleo” da interpretação, o “apoio do coração”, interpretar por mim mesmo as cenas de ação me faziam sentir estar ligado ao personagem, Ryôma Kagawa. Por isso, na medida do possível, eu mesmo gostaria de fazer o papel do dublê.
DH: Falando em ação, em todo episódio você realizava a pose de abrir a Tokkei Techô (Caderneta Policial), que também servia como sua identificação.
Yamashita: O gesto para mostrar a Tokkei Techô era complicado. Faltaria impacto em apenas mostrar a caderneta, lançando a mão pra frente, e como a tampa aberta não parava de balançar, usei o dedo mínimo para poder apoiar instantaneamente a tampa. E de uma forma um tanto exagerada, dobrava a caderneta com a outra mão e guardava no bolso... Eu mesmo é quem tinha pensado nessa sequência de movimentos. Eu também era assim, o que as crianças viam e achavam legal, ficava sempre na memória, mesmo depois de adulto... Por isso, essa foi uma idéia que eu tive “para deixar algo em que as crianças possam sentir admiração”.
DH: Na época da exibição, também houve “atraction shows” que você mesmo participou. Acho que foi uma grande oportunidade para poder sentir diretamente a reação das crianças, que eram as telespectadoras...
Yamashita: Foi uma sensação muito estranha. Até então, eu só aparecia em shows como suit-actor, vestindo trajes de herói, colocando máscara, e depois passei a receber o apoio de cara limpa... Os shows foram em vários lugares como Tokyo, Saitama, Osaka etc, e fiquei muito feliz com o sentimento de apoio transmitido no local.
DH: Após interpretar o Ryôma Kagawa por um ano, em Tokkei Winspector, você teve participação semi-regular na continuação Tokkyû Shirei Solbrain, novamente como Ryôma Kagawa. No último episódio de Tokkei Winspector, Ryôma havia sido enviado à Interpol de Paris, mas volta ao Japão entre os episódios 21 a 23. Estes são episódios bem populares entre os fãs, denominados de “Fase Messiah” [Messiah era o vilão desse triplo episódio, vivido pelo ator Shinzô Hotta].
Yamashita: O Ryôma do episódio 22 [Hijô no Fire (Impiedoso Fire)], como diz o subtítulo, realmente estava “impiedoso”. Quando eu li o script, eu mesmo soltei um “Ehh!?”. Não era a imagem que eu tinha do Ryôma até então...
DH: O Ryôma, que sempre preservava a vida das pessoas, mesmo dos criminosos, estava tão impiedoso, que parecia até outra pessoa, ao encurralar e atirar numa pessoa sem hesitar.
Yamashita: Mesmo que ele tivesse esse tal lado impiedoso, acho que o Ryôma escondia isso. Porém, esse outro Ryôma mostrou de vez essa “impiedade” em seu modo de agir. Entendo que era necessário mudar a posição em relação ao Ryôma, protagonista da série anterior, e fiz um Ryôma com o papel de “dar um empurrãozinho no Daiki”, mas acho que as crianças que estavam assistindo devem ter se perguntado, “Eh? Tem alguma coisa estranha...” E também não estava dirigindo o Fire Squad... (Risos).
DH: E mais, na segunda metade do episódio 34 [Shin Eiyû Kyûshû e! I (Novo Herói, Vá para Kyûshû! I)], você reaparece como Knight Fire, vindo salvar o Solbraver do perigo! A partir do episódio 35 [Shin Eiyû Kyûshû e! II (Novo Herói, Vá para Kyûshû! II)], você passa a atuar junto com a Solbrain, na condição de membro da filial japonesa da Interpol.
Yamashita: Honestamente, acho o design (do Knight Fire) mais bonito do que o do Solbraver... (Risos). Mas ainda assim, tenho mais apego pelo Fire.
DH: Hoje, você está completamente afastado do mundo artístico, mas acho que os fãs de Tokkei Winspector devem estar muito interessados em saber sua situação atual... (Risos).
Yamashita: Ultimamente, aos sábados, domingos e feriados, tenho ensinado baseball a um time de garotos, do qual o meu filho faz parte. Desde criança eu praticava baseball, no primário e no ginásio, e quando estava no 3ºAno Ginasial, me mudei da província de Ishikawa para Tokyo, prestei o colegial, passei, mas não havia equipe de baseball... (Risos). Acabei prestando, sem pesquisar afundo (se tinha ou não equipe de baseball). E então, acabei tendo que desistir do baseball, dessa forma meio triste. Isso é algo que eu lamento...
DH: Por falar nisso, no final do episódio 3 [Yûjô ni Kanpai! (Um Brinde à Amizade!)] de Tokkei Winspector, tem uma cena em que você joga baseball. Uma cena agradável, em contato com as crianças, que parece ter uma boa avaliação dos fãs...
Yamashita: Naquela ocasião, definitivamente eu não acertava a bola, mas isso era para poder mostrar de forma espalhafatosa, e propositalmente, fiquei “rebatendo com a direita”. Originalmente, eu “rebato com a esquerda”, mas ao me posicionar à esquerda durante o teste de câmera, dava pra ver nitidamente que eu rebatia no vazio... (Risos).
DH: Acredito que você aprenda muita coisa ao estar em contato com as crianças, como técnico de um time de garotos...?
Yamashita: As crianças, uma a uma, tem personalidades e talentos diferentes. Os adultos normalmente acabam estabelecendo limites para as crianças, mas elas acabam se superando facilmente no momento oportuno... Acho fantástico essa força que elas tem. As crianças possuem uma força que vai além do que os adultos imaginam. A essas crianças que gostam de baseball, gostaria de graduá-las mantendo esse sentimento de poderem continuar com o baseball por mais um tempo, de poderem se tornar um pouco melhor. Eu mesmo passei por dificuldades durante as filmagens de Tokkei Winspector, me esforçando muito no período de 1 ano. Mas agora, eu só guardo boas lembranças... Por isso, apesar das crianças acharem que só tem dureza, quero fazê-las guardar boas recordações.
DH: O Ryôma-senpai, como técnico de baseball, é de fazer inveja às crianças! A propósito, chegou mais uma convidada...
Nakanishi: Desculpem o atraso~ (Risos).
Yamashita: Eh? (Risos).

*Continua na próxima edição...

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segunda-feira, janeiro 05, 2009

Metamo Figure Vol.2: HARUHI


Gênero: Pre-Painted Figure
Fabricante: Bandai
Lançamento: Maio/2007
Preço: ¥3980
Descrição: Esta é a segunda figura Metamo Figure, a Haruhi Suzumiya Bunny Ver., protagonista da série Suzumiya Haruhi no Yûutsu. Colocada numa temperatura acima de 30ºC, a vestimenta e as orelhas de coelho mudam da cor preta para a branca, e as meias desaparecem, dando lugar a cor da pele. Estatura aproximada, 20cm.
Comentário: Idem ao post anterior, com as fotos tiradas nas mesmas datas. Destaque para a placa invertida, na mão da Haruhi. Está escrito: “Dan’in Boshûchû! SOS Dan” (Precisa-se de Membros! Grupo SOS). Infelizmente as meias acabaram ficando com algumas manchas escuras, devido ao manuseio. Em fevereiro/2008, foi lançada uma segunda versão, a Haruhi Suzumiya Bunny Ver.1.5, com a cor vermelha no lugar da branca.
White Version (↑30ºC)






Black Version (↓16ºC)





Metamo Figure Vol.1: ASUKA


Gênero: Pre-Painted Figure
Fabricante: Bandai
Lançamento: Fevereiro/2007
Preço: ¥3980
Descrição: Metamo Figure é uma linha de figuras da Bandai, que muda de cor conforme a temperatura. A primeira figura é a Soryu Asuka Langley, heroína de Neon Genesis Evangelion. A figura, quando colocada numa temperatura em torno de 30ºC, sofre alteração de cor. O vestido, que originalmente vem na cor preta, fica semi-transparente, e as meias marrons, ficam na cor da pele. Depois, basta colocar a figura numa temperatura abaixo dos 16ºC, que as cores voltam ao normal. Entretanto, apenas com a temperatura da mão já é possível mudar a cor, ao tocá-la. Estatura aproximada, 17cm.
Comentário: Como a figura foi lançada originalmente no inverno, a cor “normal” é a preta (caso não seja adquirida no verão). As fotos da figura, na cor branca, foram tiradas no dia 18/9/2008. Para torná-la preta, tentei resfriá-la colocando-a na geladeira (como sugestão da embalagem), mas devido a temperatura ambiente, ela logo ficava branca novamente. Sendo assim, tive que tirar as fotos na cor preta, apenas no inverno (4/1/2009). Para efeito de comparação, tirei as fotos nas mesmas posições.
White Version (↑30ºC)






Black Version (↓16ºC)