Entrevista com Hirofumi Araki, o Rio, de Jûken Sentai Gekiranger.
Takeki koto, Shishi no Gotoku. Tsuyoki koto, Mata Shishi no Gotoku.
Selvagem como um Leão. E forte como um Leão.
Frase: Quero representar bem o jeito de viver de Rio.
No audition deste ano, estava sendo realizado ao mesmo tempo a seleção para os heróis e os vilões. Só que eu não sabia disso. Várias vezes eu ficava lendo as falas do Rio, mas fazia isso simplesmente quando não tinha ninguém por perto (Risos). Não sei porque, comecei a pensar se o Blue combinava mais com a minha imagem do que o Red, mas a medida que eu fui durando no audition, passei a fazer praticamente só o papel de Rio. Dessa maneira, avancei até a etapa final, mas eu achei que já tinha sido reprovado e só continuava indo ao audition para dizer as falas do Rio para contracenar com os outros candidatos (Risos). Sendo assim, dias depois eu recebo a ligação de meu empresário e ele diz que eu tinha sido aprovado. Surpreso, perguntei para qual papel, e ele respondeu que era para o de Rio. Aí, pela primeira vez, percebi que eu mesmo também estava sendo minuciosamente examinado (Risos).
Honestamente falando, tinha oposição ao papel de vilão. Falar em líder do mal me vem uma forte imagem de fantasia de monstro. Porém, por eu ter recebido o papel de Rio, passei a fazer uma auto-reflexão. Independente de quem seja, ninguém “quer ser odiado” a troco de nada, certo? Então, por que será que o mal é odiado? As pessoas que são odiadas, por que sofrem esse tipo de aversão? Sendo assim, acho que compreender a parte “negativa” do ser humano é algo extremamente importante. Quando cheguei a essa reflexão, passei a pensar que o vilão que busca essa parte “negativa” do ser humano é um papel de muito valor. Mesmo assim, passar a ser odiado pelas crianças é um pouco triste (Risos). Ao perguntar a opinião do staff de produção, me disseram que os papéis de vilões tem adquirido uma boa popularidade nos últimos anos, o que me deixou mais tranquilo.
Sim, Rio é um “Líder do Mal” (Aku no Shuryô), mas ele não é um extra-terrestre e nem um demônio, é um “ser humano”. Em séries Sentai, esse tipo de padrão parece ser meio raro. Lendo o script, sinto que Rio é um personagem que tem os pés no chão. Na verdade, a filmagem da aparição de Rio ainda não foi feita (até a data desta entrevista), então, ainda estou pensando que forma vou interpretá-lo. Como a idade estabelecida de Rio parece ser um pouco alta, sinto que um dos pontos vai ser se eu consigo interpretá-lo numa atmosfera adulta. Rio é um ser humano e ao mesmo tempo o líder do mal, mas talvez ele não era mal desde o começo. Deve haver algum motivo pra ele ter caído no caminho do mal. A partir de agora, estou ansioso pra saber de que forma o passado de Rio vai ser esclarecido.
Como também estão previstas cenas de ação pra mim, estou frequentando os treinamentos no JAE. Desde o primário, eu era apaixonado por baseball, natação, futebol entre outros esportes, pois basicamente mover o corpo é o meu forte. Mas a arte marcial chinesa, que normalmente utiliza os músculos, é diferente. Mesmo tomando uma postura, é algo bem peculiar. Quero progredir, pondo em prática tudo aquilo que me foi ensinado pelo Orientador de Arte Marcial Chinesa, Kitagawa (Tsutomu).
Agora, uma de minhas metas já está definida. Eu também já fui criança, e sei que essa é uma fase de rebeldia, um período em que elas não ouvem os pais, certo? Porém, quando isso acontece, pelo lado das crianças, certamente há um motivo por trás de tudo. Por isso, simplesmente antes de chegar e dizer, “ah, isso está errado”, temos que fazê-la compreender “ porque isso está errado”, permitindo que ela progrida. Hum, se eu puder transmitir isso aos pais que estão assistindo junto com os filhos... Acho que essa mensagem pode ser transmitida, já que Rio também é um ser humano. Em Gekiranger, os aspectos humanos estão muito bem representados. Desta maneira, quero representar bem o jeito de viver de Rio. Sem falta, espero o apoio de todos.
Araki Hirofumi – Nascimento: 14/6/1983. Local: Província de Hyôgo. Tipo Sanguíneo: O. Algumas de suas principais atuações: Tennis no Ôji-sama (Musical&Movie), June Bride (Movie), limit (Teatro) etc.
Tradução e Adaptação: Michel Matsuda.
Fonte: Revista Toei Hero Max Vol.20
Nota: Fiz o melhor que eu pude, traduzindo e adaptando, mas muitos podem não compreender algumas partes da entrevista. Mantive o texto em primeira pessoa e procurei não mudar muitas frases, mas gostaria que todos compreendessem que o processo de tradução do japonês para o português é algo muito complexo. Nem sempre há uma equivalência entre ambas as línguas. Pra quem quiser ver o texto em japonês, clique aqui.
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