Conclusão das Entrevistas!!!
Finalmente, depois de uma semana bem corrida, enfim, terminei as 5 entrevistas com o elenco de Engine Sentai Go-Onger, publicadas na revista Toei Hero Max Vol.24. E pra quem pensa que foi fácil, não foi não! Infelizmente não sou um tradutor profissional, apenas um fã, com um nível de japonês que dá para o gasto. A maior dificuldade não é na interpretação do texto, mas na adaptação dele em português. Leio e compreendo em questão de minutos, mas para fazer uma versão traduzida, isso leva horas. Como se tratam de entrevistas, a minha maior preocupação é não alterar o texto demasiadamente, já que se tratam de opiniões de terceiros. E a língua japonesa tem uma estrutura um tanto complexa. Então, a primeira coisa que gostaria que tivessem em mente, é que os textos foram adaptados, e nem sempre o que eu escrevi representa 100% o que foi dito em japonês. Além disso, as entrevistas, de certo modo, foram feitas para o público japonês, então muitas passagens podem ser incompreensíveis para quem não vive na mesma cultura. Abaixo, alguns pontos que eu gostaria de exclarecer:
Yasuhisa Furuhara (Sôsuke Esumi/Go-on Red)
•Quando o Furuhara disse que não havia contado sobre sua participação aos amigos, é porque a entrevista foi feita há muito tempo, antes da coletiva de imprensa, e como a Toei Hero Max é quadrimestral, daí essa defasagem.
•Quando ele fala em “passividade” na ação, a expressão em japonês é “Ukemi”, ou seja, o ato de colocar o corpo à prova.
•Quando ele diz que não seria aceito a interpretação do Fuku-san, é em relação a diferença na interpretação de ambos, quando estiverem com as “suits”, e precisarem fazer as trocas.
•Quando ele diz que a Rina-chan vive dando broncas, ele se referia ao chamado “tsukkomi”, um tipo de advertência comum nas duplas cômicas japonesas. Neste caso, o Furuhara faria o papel de “boke” (bobo).
•Quando ele cita a cena de tirar o capacete, é como o Fire/Ryôma fazia em todo episódio do Winspector. Como Go-Onger faz referência a corridas, nada mais natural. Detalhe: o capacete é colocado manualmente, durante a transformação.
Shinwa Takaoka (Renn Kôsaka/Go-on Blue)
•Quando o Takaoka se refere a “ser prudente”, é em referência a seriedade do personagem, aparentando talvez ser o mais “normal” da equipe. Um personagem que seja realmente “pau pra toda obra”.
•Quando se referiu ao treinamento do JAE, ele citou os tempos de “bukkatsu”. Preferi deixar em japonês, pois não há uma equivalência direta em português. O bukkatsu é uma atividade extracurricular das escolas japonesas, como esportes, música, arte, o qual o aluno escolhe se quer fazer ou não.
Rina Aizawa (Saki Rôyama/Go-on Yellow)
•Quando a Rina diz que foi descoberta quando estava no 3º ano ginasial (Chûgaku 3-Nensei), para entender que série é essa, primeiro precisa-se ter em mente a grade escolar japonesa. Esta é uma série que não tem equivalência no Brasil, já que os japoneses estudam 12 anos do ensino básico, ao contrário do Brasil, que são 11. O 3º ano ginasial seria algo entre a 8ª série e o 1º colegial.
•Ela também se referiu ao “exame de admissão colegial”, que é uma espécie de vertibular para ingressar no colegial, já que os colégios ginasiais e colegiais são separados no Japão.
Masahiro Usui (Hunt Jô/Go-on Green)
•Quando o Masahiro cita o D-BOYS, do qual ele também faz parte, ele sente que a pressão vai ser grande, por esse grupo revelar muitos atores para tokusatsu e drama. Mas acredito que a pressão seja igual para todos.
•Com relação a carteira de habilitação retirada por ele, o “Gentsuki”, ela já pode ser obtida a partir dos 16 anos, que é a idade do Usui. Basta apenas fazer o teste e prencher um formulário. Isso faz com que as cenas de moto (ao entregar pizza) não precisem de dublê. Mas ele só pode utilizar motos de pequeno porte.
•Quando ele diz que não terá cenas nos episódios 1&2, é porque ele e o Gunpei ainda não serão Go-Onger. Por isso, resta apenas ver de longe!
Kenji Ebisawa (Gunpei Ishihara/Go-on Black)
•Quando o Ebisawa diz que assistia Sentai antes de ir ao bukkatsu, entre as 7h30~8h00, é porque muitos alunos praticam as atividades de bukkatsu nos fins de semana. Eu mesmo sempre presencio vários deles, indo e voltando das escolas nos finais de semana.
•Ele também deixou claro que haverá a interpretação ficará dividida entre os três principais (Sôsuke, Renn e Saki) e a dupla Hunt&Gunpei, numa composição estilo “3+2”, como em Ninpû Sentai Hurricaneger.
•Quando ele fala em pesquisar o repertório de falas, ele se refere a dois tipos de falas: Kake-goe e Yarareta-koe. O primeiro são as falas de efeito, como gritos de ataque, e o segundo se refere as falas de quando se apanha.
Mais alguns comentários:
•Em auditions, os candidatos tem que encenar todos os papéis, já que não está definido quem vai interpretar qual personagem. Muitos, as vezes, nem fazem idéia para qual tipo de produção é o audition.
•Durante as entrevistas, sempre surgem termos em japonês que estão sempre presentes nesse meio tokusatsu. Seria legal que o pessoal pudesse se familiarizar com alguns deles:
-Audition「オーディション」: É a própria “peneira” no qual os candidatos, indicados pelas agências, participam.
-Jimusho「事務所」: Jimusho quer dizer escritório, e é como os atores se referem a agência de talentos. Prefiro colocar como agência.
-Satsuei Genba「撮影現場」: Satsuei Genba significa local de filmagem. Também dito apenas como genba, representa qualquer local de trabalho.
-Kaijô「会場」: Kaijô significa local de reunião, e é como os atores se referem ao local onde é realizado o audition.
-Roke「ロケ」: Roke vem do inglês “location”, e representa as locações onde são realizadas as filamgens. “Roke-Bus” é o ônibus que conduz o elenco e a produção ao local.
-Shibai「芝居」: Shibai é o ato de representar um papel.
Marcadores: Entrevistas
2 Comments:
Parabéns Matsuda, te superou nessa semana. Espero que o pessoal que venha a copiar teus textos não esqueça de copiar os créditos também.
Ótimo trabalho cara, tirei o chapéu.
Valeu, Lagarto!
É, dessa vez eu fui longe demais...HeHeHe! Bom, a princípio, eu não me incomodo se alguém quiser copiar o meu texto, mas dede que coloque os referidos créditos. Receber os méritos no lugar do autor original é um tanto deselegante.
Bom, talvez eu me ânime a traduzir mais coisas daqui pra frente. Acho...
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