domingo, novembro 23, 2008

Considerações gerais sobre as últimas entrevistas!

Bom, primeiramente, gostaria de agradecer a todos que deixaram comentários nas respectivas entrevistas, Nagado, Robinson, Blogima, Sami Souza, Felipe e Tinoco. Isso demonstra que estou no caminho certo, e sempre que possível, vou postar alguma entrevista. Realmente, o processo de tradução e adaptação (japonês/português) é extremamente complicado, mais do que muitos imaginam, mas é claro que isso varia de tradutor para tradutor, visto que eu tenho um nível razoável de japonês. Dependendo das dificuldades na tradução, as vezes dá vontade até de largar no meio, mas se eu comecei, tenho que terninar, né? Só pra se ter uma idéia, na última entrevista, do Shohei Kusaka, eu levei três dias, começando na quarta e terminando na sexta, cerca de 5 horas por dia. Entendê-la em japonês é questão de minutos, mas recriar uma versão em português leva tempo. O problema é adaptar, respeitando a ordem do texto original, já que se trata da opinião de uma outra pessoa. Então, acabo escrevendo e apagando a mesma frase por diversas vezes, até chegar no ideal.

As Dificuldades...
Bom, vou citar algumas das dificuldades que sempre aparecem quando se tenta traduzir algo literalmente. Uma delas são os sufixos de tratamento para nomes de pessoas, como “san”, “kun”, “chan”, que normalmente acabo retirando na tradução, mas em alguns casos eu acabo deixando, quando é uma citação de alguém, como o Jirô Okamoto chamando o Tetsuo Kurata de “Kura-chan”. Um outro exemplo é o termo “senpai” (veterano), o qual eu acabo mantendo no original, como em Yoko Senpai (Jiban). Outra coisa é que sempre o entrevistador se refere ao entrevistado pelo sobrenome, como forma de respeito no Japão. Aí eu tenho que colocar como “você”, o que não é polido na língua japonesa. Na língua japonesa, a quebra de sentenças também é diferente do português. As vezes tenho que separar uma frase em duas ou o contrário, unificar duas sentenças em uma. Normalmente, o entrevistador não faz uma pergunta, e sim uma afirmação, e eu tenho que manter isso. Uma coisa chata na língua japonesa é que as pessoas sempre utilizam a primeira pessoa, para poderem reproduzir falas de terceiros. Pelo menos metade delas eu tenho que colocar em terceira pessoa, caso contrário a sentença fica estranha. Uma outra coisa que irrita, é que em muitas frases eles terminam com a expressão “...to omoimasu” (acho que...), parece até que eles nunca tem certeza de nada...HeHeHe! Aí eu tenho que inverter toda a ordem da sentença, começando pelo fim. Mas o pior mesmo é quando eu me deparo com trocadilhos e piadas em japonês, aí não dá pra fazer milagre! Aí eu tenho que ficar recheando a entrevista de notas pessoais, entre parênteses. O mesmo vale para as citações de lugares. Mais algumas considerações: 1-O termo “audition” (audição), aquela seleção de atores, eu prefiro deixar em inglês. 2-O termo “staff” também. 3-Um outro termo que sempre aparece, “daihon” (livro de falas), eu prefiro deixar em inglês “script”. 4-O termo “genba” (local), eu sempre traduzo como “local de filmagem”, que tanto pode ser externa como interna. 5-O termo “cours”, do francês “curso”, representa as temporadas de exibição no Japão, equivalente às quatro estações do ano. Um cours equivale a 13 semanas (13 episódios).

É isso! Bom, já vou procurar mais alguma entrevista para traduzir, mas aceito sugestões!

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5 Comments:

At domingo, novembro 23, 2008 10:59:00 AM, Anonymous Anônimo said...

obrigado por traduzir essas entrevistas,muito obrigado mesmo!
vc pediu sugestões então vai uma,que tal uma entrevista com o jiro okamoto?

 
At domingo, novembro 23, 2008 8:15:00 PM, Blogger Ayrton Ferreira said...

Muito obrigado pelo esforço em traduzir essa entrevista. Essa revista TOEI Hero Max deve ser muito boa mesmo.

Como sugestão peço uma entrevista com a atriz Masae Akagi que interpretou a Patrine. Gosto muito dessa série (apesar que no Brasil ela é meio esculachada rsrs) e imagino que tenha saído alguma entrevista com ela na época do relançamento dos DVDs pela TOEI VIDEO.

Obrigado.

 
At domingo, novembro 23, 2008 8:15:00 PM, Blogger Ayrton Ferreira said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
At segunda-feira, novembro 24, 2008 9:05:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Foi bom este comentário Michel, com certeza deve ser muito difícil a tradução do japonês para o português respeitando o conteúdo original. Já li em algumas revistas e sites sobre as dificuldades nas traduções, como exemplo nos dois livros de Miyamoto Musashi da Leiko.
Pode continuar Michel em uma próxima tradução...hehehehe...
Sugestões: O ator que interpretou o papel do Juspion e da atriz Anri.

 
At terça-feira, novembro 25, 2008 10:55:00 PM, Blogger Betarelli, Ivan D. said...

Michel, não se preocupe com o entendimento alheio, mesmo passando por todo esse processo de tradução/ adaptação, as entrevistas que vc publica ficam agradáveis e de fácil leitura. Quem sou eu pra julgar, mas se tivesse que dar nota, seria 11.

Sobre o comentário acima, o Kurosaki já teve uma entrevista publicada pela Herói em 2001. Haruta também esteve nas páginas da Henshin mais ou menos na mesma época.

Entrevistas devem ser o ponto forte do acervo do Michel, e fica a cargo dele escolher. Pra nós, o que vier é lucro, não é?

 

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