Papo Furado!!! (14 de Novembro)

“Por um breve momento, eu me esqueci que tinha um blog...”
Pessoal, depois de mais um mês sem atualizar o blog, estou de volta com mais um de meus papos furados. Ultimamente andei meio cansado, tanto em função do trabalho, como do próprio hobby em si. Tava meio de saco cheio, e dei um tempo mesmo. Ficar diante do PC tirando imagens, redigindo (traduzindo) textos, coletando informações, tem hora que esse tipo de trabalho acaba irritando. Bom, nessa postagem, vou fazer diferente, não falando muito de hobby, e sim de algumas coisas do dia-a-dia, como o trabalho.
“Campanha Maluca!”

No final do mês passado, realizou uma campanha maluca, se é que podemos chamar assim, em cooperação com a marca de café Roots, que está comemorando se 10º aniversário. A campanha consistia no seguinte, cada funcionário da fábrica era “obrigado” a comprar nove latinhas de café, da nova linha Aroma Impact, qualquer um dos três sabores (Masters, Bitô SPECIAL, BLACK), em três lojas de conveniência diferentes (apenas Seven Eleven, Lawson e FamilyMart), e em três dias alternados! As latinhas não seriam para consumo próprio, e deveriam ser entregues na fábrica até o dia 29, para serem distribuídos como amostra grátis, aos visitantes do grupo Hokkan Holdings, do qual a minha fábrica faz parte. Não era permitido comprar tudo na mesma loja, e tinha que ser três latas por dia. Isso me fez andar um bocado, já que aqui onde eu moro, não tem tantas lojas de conveniência uma perto da outra. Ah, e no recibo só poderia constar a compra das três latas. O motivo de tanta frescura eu não cheguei a entender, mas tudo bem, eles iam ressarcir mesmo (¥120x9 latas=¥1080). Infelizmente, como vocês podem ver pela imagem, as lojas de conveniência só estavam vendendo a lata marrom, Masters. Se vocês repararem bem, cada lata vinha com um selinho da Shônen Jump, com um código que permitia ler mangas pelo celular. Vai ver o presidente da companhia estava atrás dos selinhos...rsrsrs! Ah, já ia me esquecendo de dizer, que esta lata é produzida por uma das fábricas filiais.
“Seguro de Vida!”

No início deste mês, resolvi me registrar num seguro de vida (Seimei Hoken), de uma famosa seguradoa, a Nissay, que presta serviços para a companhia. Pra ser sincero, nunca fiz questão de ter seguro, e por isso mesmo nem mesmo tinha feito o seguro da prefeitura (Kokumin Kenkô Hoken). É que eu sou muito pão-duro, e quanto mais gastos eu evitar, melhor. A encarregada tinha pego o meu nome apenas para uma enquete, e no final das contas, acabou fazendo a minha ficha de contrato...rsrsrs! No início, queriam me cobrar uma mensalidade de ¥14096, o que eu achei caro. Pedi um tempo para pensar, e então resolveram abaixar para ¥10220. Menos do que isso, não seria viável. Resolvi aceitar, e pensando bem, até que não é um mal negócio, já que eu pretendo ficar permanentemente no Japão. Ninguém está livre de contrair uma doença grave, como cancêr. O seguro é válido para a vida toda, e a contribuição é de 25 anos (até os meus 58 anos). Depois de 15 anos de contribuição, o valor sobre para ¥19687. Em caso de falecimento, o seguro é de ¥20,1 milhões, desde que contribuído até 31 de outubro de 2025! Coloquei como beneficiária a minha mãe. Espero que a minha família não deseje a minha morte...rsrsrs! Em tempo, na quarta, dia 10, eu ganhei umas lembrancinhas da Nissay, por ter se cadastrado. Caneta, toalha, papel de cozinha, lencinhos de papel (tissues) e uma lata de biscoitos (senbei). Desculpem mostrar apenas a lata, pois os biscoitos eu já devorei!
“Curso por Correspondência!”

Uma outra novidade meio chatinha, é que a empresa resolveu realizar um curso por correspondência (tsûshin kyôiku), relativo à parte de business e produtividade. Eles não querem mais aquele tipo de funcionário desinteressado, que chega, vai para a sua linha e faz o mesmo serviço. Querem um cara que pense, que aprenda novas coisas. Até aí, estão certíssimos, acho válido essa iniciativa, mas não tinha interesse de participar por falta de tempo para estudar, e por causa das despesas do curso. Ao todo, era 198 opções, e escolhi o mais barato, um sobre redução de custos, algo assim. A maioria estava escolhendo o mesmo, pois era apenas ¥6300 (descontado do salário em 4 meses), um mês de curso (dezembro), uma apostila e apenas um relatório a ser enviado. E pra mim, que sou estrangeiro, as coisas são mais complicadas do que para os japoneses, afinal, eu não leio e escrevo com naturalidade. O que eu não gostei, e até indaguei o chefe da seção, é que o cartaz dizia “para aqueles que estiverem interessados” (go-kibô-sareru kata), mas quando eu fui perguntar, disseram ser “semi-obrigatório”! Detesto esse tipo de regime de obrigatoriedade, pois tira a liberdade de escolha, mas se não for assim, ninguém faz. Em tempo, pra quem terminar o curso, tem a devolução total do dinheiro, ou seja, mesmo se eu não passar, a perda não vai ser tão grande.
“Bônus, aniversário da fábrica e outras coisas mais!”

Na segunda, os funcionários ganharam um bônus de ¥3000, devido a boa produtividade, mas apenas as fábricas que obtiveram lucro. Foram três “gift card” de ¥1000, da JCB. Pode parecer pouco, mas ajuda bastante. Fui gastar no Kojima, uma das lojas cadastradas, pois estava precisando comprar uns BD-R. Como gift card não é revertido em troco, só pude usar ¥2000 e adicionar mais ¥480 em dinheiro (um pacote de 10 Blu-ray da Sony, por ¥2480). Na quarta, dia 10, foi comemorado o aniversário de 50 anos da fábrica. Neste dia, a comida era gratuíta, mas comi a minha própria marmita, já que não tinha dado o meu nome antecipadamente. É que o cardápio não era lá grande coisa...rsrsrs! E devido ao aniversário, os funcionários ganharam um relógio de mesa, da Seiko, desses com painel solar. Parece ser de boa qualidade. Muito bom ganhar presentes, afinal, raramente consigo ganhar algo, nem em sorteio.